três tambores negros
semeiam no corpo
do vento um grito
de guerra e de paz
que incomeça
pela evocação do Mar
ancestral e se expande
em meio às dobras do L
(de Luta e de Liberdade)
que infinda
o nome sagrado
daquela a quem Iansã
chama com tanta ternura
de Minha Irmã
Marielle
Me matam quando se enganam,
e se não
se enganam, me
matam.
Me matam assim como quem
pisoteasse uma
barata – sem
compaixão
nem culpa –, certos de que,
salvo engano, quem
morre é um nada,
um ninguém.
Imagen de portada: Quilt construido a partir de ropa de trabajo de mezclilla, comunidad afroestadounidense de Gee’s Bend, Alabama, ca. 1940. Smithsonian American Art Museum. CC